Revista do Instituto Florestal (Dec 2017)

A INFLUÊNCIA DA LUZ E DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum. (RUBIACEAE)

  • Silvana Cristina Pereira Muniz de Souza,
  • Carlos Alfredo Joly

Journal volume & issue
Vol. 29, no. 2

Abstract

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A escassez de informações sobre as condições de germinação das espécies tropicais dificulta a classificação sucessional de muitas delas. Bathysa australis já foi classificada, a partir de observações de campo, como espécie de subosque e secundária inicial. Com o objetivo de fornecer informações sobre as condições preferenciais de germinação de B. australis, verificamos a influência da luz e temperatura na sua germinação. Foram realizados os seguintes tratamentos: i) luz com temperatura constante (25 oC), ii) luz com temperatura alternada (10/20 oC), iii) ausência de luz com temperatura constante (25 oC) e iv) ausência de luz com temperatura alternada (10/20 oC). Foram avaliados os seguintes parâmetros: porcentagem de germinação (G), tempo de germinação, velocidade de germinação e o índice de sincronização da germinação. As sementes germinaram apenas nos tratamentos de luz, iniciando a germinação no sétimo dia à temperatura constante (G = 61%), e no 15o dia quando submetidas ao tratamento de temperaturas alternadas (G = 40%); para os parâmetros tempo, velocidade e índice de sincronização da germinação o tratamento de luz e temperatura constante foi significativo, indicando as condições mais favoráveis à germinação de B. australis. A espécie apresentou fotoblastismo positivo absoluto e tolerância à alternância de temperatura, indicando que em condições naturais germinam em bordas de mata, clareiras grandes a intermediárias e em áreas em regeneração. Com base nestes resultados é possível classificar Bathysa australis como secundária inicial.

Keywords